Organização de Trabalhos Acadêmicos
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
terça-feira, 5 de novembro de 2013
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Construção de uma Resenha Crítica
LUCCHESI, Dante. Ciência
ou dogma? O caso do livro do MEC e o ensino de língua portuguesa no
Brasil. Artigo publicado na Revista Letras, Curitiba, n.83, p. 163-187,
Jan./jun., 2011. Disponível em http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/letras/article/view/24713/18603. Acessado em: 13 de outubro de 2013.
RESENHA
CRÍTICA
Cleyton Paulo Lins da Silva*
O
artigo, "Ciência ou Dogma? O caso do livro do MEC e o Ensino da Língua
Portuguesa no Brasil", publicado na Revista Letras por Lucchesi que
é professor associado de Língua portuguesa da universidade federal da Bahia,
reflete sobre o fato do "ensinar falar errado" divulgado pela mídia no ano de 2011, onde se afirmam
possíveis desvios no uso da norma padrão ou elitista, ao mesmo tempo aponta novos
horizontes no modo de estudar as diferenças sociais que envolvem a fala e a
escrita.
Com
propriedade no assunto, Lucchesi aponta com sua reflexão de cunho linguística
em especial numa abordagem sociolinguística no campo variacionista que tem como
grande ícone a figura de Weinreich Labov. É desse ponto de vista que se faz
necessário uma redescoberta do que vem a ser o desconhecimento da sociedade em
relação ao conhecimento cientifico da língua.
É de suma importância à visão de
variacionista que indica uma pluralidade no quadro e no modo de se estudar os
aspectos da língua, coisa que a mídia como representante de uma elite
gramaticista insiste em não levar em conta tais variantes assumidas pela
compreensão mais popular da língua portuguesa no Brasil.
A
construção de um livro de língua portuguesa, "Coleção Viver, aprender", organizado pelo MEC que traz partes de uma linguagem
popular como a expressão "os livro" e consequentemente um suposto
erro de concordância nominal, não pode ser condenado por tentar aproximar em um
de seus capítulos a fala popular aplicada a um determinado contexto
sociolinguístico, porém não foi essa a visão da mídia que representa grande
parte de uma população que infelizmente possui em seu discurso de liberdade,
diversidade e aceitação do diferente no campo sociocultural, ainda traga uma
marca de preconceito linguístico muito forte quando o assunto é a linguagem
padrão ou erudita e suas normas que não podem destacar aspectos regionais e variacionista.
Através
desses argumentos podemos ver que ainda não se tem uma aceitação por parte da
grande massa, aqui representada pela voz da mídia, e tampouco por uma minoria
elitista que com estrutura gramatical fechada em si mesma é capaz de afirmar em
seu posicionamento que expressões, como a citada no livro do MEC, fogem a regra
estariam errada em todos os sentidos sem levar em conta o âmbito cultural e
social de quem as pronuncia.
Outro
posicionamento a ser destacado é que a mídia peca quando analisa a expressão
"os livro" fora de seu contexto e situação de fala ou escrita. Sendo
assim, faz uma rotulação e condena o livro que prega uma prática normativa para
o ensino de português, mas também destaca em um de seus capítulos a possibilidade
de se lidar com as variações e nuances do uso, da fala e situações
sociolinguísticas. Daí surge o grande conflito existente entre duas visões ou
modos de se analisar a evolução da língua, seja numa ótica elitista, seja numa
posição popular como a que o autor, do artigo em questão, aponta em seu
discurso no livro: "O que caracteriza a polarização sociolinguística do
Brasil" (LUCCHESI, 1994, 2001, 2002 e 2006).
O
caminho trilhado no ensino da Língua Portuguesa no Brasil parece seguir mais o
dogmatismo do que o cientificismo linguístico. É justamente esse o foco da
discussão levantada por Lucchesi, que a meu ver refletiu no
espanto midiático numa visão dogmática e inquestionável a favor de um
gramaticismo absoluto no campo das línguas.
Portanto, é necessário
modificar a estrutura do ensino no Brasil para gerar, cada vez mais, posicionamentos
críticos e uma postura equilibrada, por meio de argumentos científicos em favor
de uma aplicação contextualizada da língua deixando de lado uma visão meramente dogmática do estudo e do ensino da língua portuguesa no Brasil para perceber a dinamicidade e evolução da língua que está além do estudo gramatical descontextualizado.
*Graduando do segundo período do Curso
de Letras/ Espanhol na Universidade Federal de Alagoas -UFAL.
É de suma importância à visão de variacionista que indica uma pluralidade no quadro e no modo de se estudar os aspectos da língua, coisa que a mídia como representante de uma elite gramaticista insiste em não levar em conta tais variantes assumidas pela compreensão mais popular da língua portuguesa no Brasil.
Portanto, é necessário modificar a estrutura do ensino no Brasil para gerar, cada vez mais, posicionamentos críticos e uma postura equilibrada, por meio de argumentos científicos em favor de uma aplicação contextualizada da língua deixando de lado uma visão meramente dogmática do estudo e do ensino da língua portuguesa no Brasil para perceber a dinamicidade e evolução da língua que está além do estudo gramatical descontextualizado.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Fichamento do artigo escolhido no campo da Sociolinguística
Fichamento
de Conteúdo ou Resumo
LUCCHESI, Dante. Ciência
ou dogma? O caso do livro do MEC e o ensino de língua portuguesa no
Brasil. Artigo publicado na Revista Letras, Curitiba, n.83, p. 163-187,
Jan./jun., 2011.
O autor do artigo busca desenvolver aspectos pertinentes a
uma polêmica gerada pela mídia no ano de 2011 que diz respeito ao preconceito
elitista no uso da linguagem abordada em um livro de Língua Portuguesa
elaborado pelo MEC, intitulado “Por uma vida melhor”, que trazia a seguinte
expressão “Os livro” fortemente tido como "erro de concordância",
diante do fato que é relembrado por Lucchesi em seu artigo aponta uma
discussão antiga entre os linguistas e os gramaticistas que gira em torno da
escrita e da fala.
As expressões variam, segundo a sociolinguística, é nesse
sentido que o livro aborda aspectos coloquiais ou linguagem popular, o uso de
tal expressão gera desconforto a uma visão de língua padrão ou culta, porém
pouco sabe a mídia que há uma plural, regional e heterogênea que foge em sua
produção escrita formal e a esse fenômeno chamados de variação linguística,
onde se propõe utilizar o campo da fala para se transmitir e compreender a
linguagem coloquial sem tê-la como desvio, mas como aspecto decorrente do
estudo científico da língua.
A obra da autora Heloisa Ramos, procurou bases em uma
aplicação sociolinguística em partes de seus capítulos para mostrar que a “fala
é diferente de escrever”. Por isso, não se deve tomar uma expressão fora de seu
contexto sem discutir qual a intenção por trás da expressão polemizada. Tais
comportamentos midiáticos apontam um preconceito linguístico, ainda existente
em nossa sociedade, que acarreta num retrocesso no modo de aprender ou adquirir
a linguagem, em nosso caso, a língua portuguesa.
Outro posicionamento interessante é o de produzir no falante
a ideia de ser capaz de discernir o uso da variante adequada à língua para cada
ocasião. E mais, a pluralidade que a sociedade comumente admite em meio das
diversidades de crenças, de opiniões, etc. perde força diante da diversidade
linguística que no caso abordado é tida como uma ameaça à norma culta que a
mídia e a sociedade de modo autoritário que é fruto de um estudo intolerante da
língua portuguesa é capaz de proferir sem tomar conhecimento do verdadeiro
motivo que é estudar e dar possibilidades de escolha de acordo com o formal e o
informal.
A esse respeito, Lucchesi, diz o seguinte: “o caráter
antidemocrático de um sistema de comunicação de massa concentrados nas mãos de
grandes grupos econômicos, que ditam a pauta da informação para toda
sociedade”. O preconceito serve para manter o uso ou aplicação da língua como
um poderoso instrumento de exclusão social e essas posturas devem ser
combatidos e ignorados.
Portanto, há um embate entre correntes de estudos puristas e
linguistas que foi retomado pela discussão midiática a respeito do “erro em
livro de português”. Segundo os aspectos abordados isolados pode-se dizer que a
mídia equivocou-se ao questionar a variação linguística existente nos livros
propostos pelo MEC em 2011, pois esse preconceito linguístico é fruto de uma má
interpretação do que seja o estudo científico da linguagem.
Elaborado por: Cleyton Paulo Lins da Silva (2º Periodo Noturno)
Disciplina: Organização de Trabalho Acadêmico
Disciplina: Organização de Trabalho Acadêmico
curso: FALE- Letras/ Espanhol UFAL- Universidade Federal de Alagoas, 2013.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Escolha do artigo científico sobre sociolinguística
CIÊNCIA OU DOGMA? O CASO DO LIVRO DO MEC E O ENSINO
DE LÍNGUA PORTUGUESA NO BRASIL
Autor: Dante Lucchesi*
* Professor Associado de Língua Portuguesa da Universidade Federal da Bahia,
Pesquisador 1-C do CNPq, autor do livro Sistema, Mudança e Linguagem (Parábola, 2004),
organizador do livro O Português Afro-Brasileiro (EDUFBA, 2009) e Coordenador do Projeto
Vertentes do Português Popular do Estado da Bahia <http://www.vertentes.ufba.br/>.
Para o artigo científico escolhido acessar o LinK: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/letras/article/view/24713/18603
Justificativa: O fenômeno da variação linguística que marca de forma significativa a associação entre a língua falada e escrita, a homogeneidade e a heterogeneidade da compreensão da língua, sua aplicação e classificação como língua padrão (norma culta) com um enfoque objetivo e como língua popular ou coloquial com um enfoque subjetivo. O fato abordado pela imprensa em 2011, na qual o livro de Língua Portuguesa elaborado pelo MEC "ensina a falar errado" é discutida por Lucchesi, ainda é presente na prática de ensino da língua no Brasil que padroniza e, muitas vezes, não se preocupa com a aplicação de elementos subjetivistas observando a realidade social do falante e sua heterogeneidade. Sendo assim, faz-se necessário uma melhor compreensão das variantes abordadas pelo estudo da sociolinguística para entender que o acréscimos ou retirada de determinados termos tomados como linguagem culta é fruto da diversidade cultural, regional e social da qual a língua sofre influência.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Resumo: As Convenções do Mundo Acadêmico (I Capítulo do Manual de produção de textos Acadêmicos)
Ada Brasileiro, em seu Manual busca alertar seus leitores sobre a produção acadêmica e sua linguagem específica, que deve ser cheia de termos técnicos, gerar clareza e objetividade, sendo o oposto de outros gêneros textuais, como por exemplo, o jornalístico. Ela aponta "dois compromissos do ensino superior, primeiro, a pesquisa e, segundo, a formação profissional" (BRASILEIRO, Manual de Produção de Textos Acadêmicos, p. 1). Segundo essas perspectivas vale ressaltar a importância de está preparado no campo da pesquisa científica com a construção e divulgação de trabalhos bem fundamentados do ponto de vista acadêmico utilizando-se de recursos descritivistas, narrativos e dissertativos. Quanto ao aspecto formativo, explica sobre processos de aquisição e construção do conhecimento elaborados por metodologias que pretendem descobrir respostas para os possíveis problemas levantados pelo procedimento científico. Por isso, é necessário abandonar práticas de pesquisas baseadas em cópias de textos (plágio) e ao mesmo tempo observar critérios para selecionar as fontes de pesquisa levando em conta os seguintes princípios: a autoridade de quem produz, a atualidade, o conteúdo, a objetividade e a utilização de termos adequados para a elaboração científica. E ainda, fazer menção à autoria dos textos pesquisados verificando a confiabilidade e o credenciamento de suas pesquisas.
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